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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Reflexão da Semana

   Cada geração possui o espírito de sua época. Por espírito não quero dizer uma entidade mística sobrenatural, mas uma atmosfera cognitiva, uma nuvem de conhecimento que envolve todas as pessoas de determinado período, tornando-as sensíveis para algumas coisas, conscientes de algumas idéias e alheios a outras.
   Talvez o espírito de nossa época, seja marcado principalmente por um consumo desenfreado, por uma busca eterna da beleza, por caminhos de auto-ajuda, por uma busca de auto-realização que nunca é satisfatória. Todos vivenciamos uma vida “internetizada” onde as relações pessoais ficam cada vez mais distantes, os índices depressivos aumentam por conta da ansiedade e das preocupações de vidas sem ideais e conseqüentemente estéreis.
   Vivemos num momento de fastio “evangelical” e de abundancia, onde em todos os meios de comunicação podemos encontrar uma mensagem “espiritual”. Mas é importante ressaltar que a maioria das mensagens que escutamos estão contaminadas com o “espírito” de nossa época. Ouvimos mais sobre as nossas possibilidades, sobre o que podemos conquistar, sobre o determinismo e sobre maldições do que sobre a verdadeira mensagem da cruz, sobre a verdadeira graça de Deus e seu amor que excede todo entendimento. A mensagem da cruz não é excitante se não for acompanhada de um teor de prosperidade, de vitórias e conquistas. Será que temos coragem de ir à contramão desses fatos? Será que temos coragem de enfrentar os falsos líderes que abocanharam as ovelhas de Deus, como fez o apóstolo Paulo defendendo sua posição ministerial?
   Diante dessas dificuldades precisamos de referenciais, pessoas que nós possamos olhar e dizer: “quero ser como eles”. Então olho através da história e vejo muitos que despertam em mim um profunda admiração: Apostolo Paulo, Wycliffe, Jan Huss, Lutero, Calvino, Zwínglio, George Fox, John Bunyan, John Knox, Conde Von Zinzendorf, John Wesley, Jacob Spener, George Whitefield, Charles Finney, Jonathan Edwards, D. L. Moddy, William Carey, Hudson Taylor, David Livingstone, William Booth, Karl Barth, Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer, C. S. Lewis, Martin Luther King, John Stott, e tantos outros.
   A história desses homens foi marcada por uma vida intensa de oração e grande profundidade nos estudos da Palavra de Deus. Todos eram sedentos de Deus e dedicaram suas vidas aos estudos. Não somos seus contemporâneos, mas poderemos seguir os seus exemplos. Como? Buscando a Deus e a Leitura de Sua Palavra com o auxílio dos professores da Escola Bíblica Dominical.
Que Deus nos ajude.

(Autor: Irmão Angelo - Cooperador na Congregação de Sta. Lucia)


2 comentários:

  1. O homem é um ser tricotômico, ou seja, possui corpo, alma e espírito que devem ser devidamente alimentados e cuidados; porém, vive como se tivesse somente o corpo, o qual se torna objeto de veneração, adoração e desejo. O homem inverteu as suas prioridades, exclui Deus do seu mundo, logo vive triste, depressivo e o pior: caminha a passos largos para a perdição eterna. Misericórida, meu Pai

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  2. É, estamos sem referenciais. Os homens de Deus amam mais a obra: posições de eminência, elogios e aplausos do que ao Senhor da obra e seu rebanho. Se o povo está perdido e sem direção, por outro lado os nossos líderes estão inertes, de braços cruzados, ou melhor, fazendo a "obra".
    Desculpa isto não me empolga mais!
    Não consigo ficar repetindo frases prontas para as pessoas como: Jesus te ama, Deus tem uma obra na sua vida, aceite a Jesus e sua vida vai ser transformada.
    Porém, quando elas olham para as nossas vidas e igrejas e vêem um abismo de separação entre o nosso discurso bonitinho e as práticas de nossas vidas, e não conseguem enxergar Jesus em nós, percebemos que há algo errado. Será que é por causa do nosso egoísmo? Será que é porque não conseguimos dialogar com as pessoas do "mundo" a qual nós estamos sempre mandando pro inferno, porque não se adequaram ao nosso credo de fé?...
    Quando comecei ir à igreja, minha mãe disse: que lindo você agora parece um burguesinho de terno e gravata. Fico triste por ela só ter conseguido ver isso em mim. Será que não é assim que a sociedade nos enxergar? Um grupo fechado de pessoas que melhoraram de vida...

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